Ayahuasca
A ayahuasca é um chá de origem ancestral utilizado por povos indígenas da Amazônia em contextos sagrados e espirituais. Feito a partir da combinação de duas plantas – o cipó Mariri (Banisteriopsis caapi) e as folhas da chacrona (Psychotria viridis) –, o chá contém substâncias que atuam no sistema nervoso, proporcionando experiências profundas de autoconhecimento, expansão da consciência e conexão com o Íntimo.
*Estudos modernos sugerem que ele estimula processos de regeneração cerebral, ajudando a aliviar traumas emocionais, depressão, ansiedade e promovendo uma sensação de clareza e conexão espiritual. No Ayaser já vimos o chá tendo ótimos efeitos até mesmo no combate aos vícios.
Nos dias atuais, a ayahuasca tem atraído a atenção de pessoas em busca de respostas sobre a vida e de um despertar espiritual. Apesar de ser considerada uma substância segura quando utilizada em contextos ritualísticos e com acompanhamento adequado, ela pode provocar intensas visões, emoções e reflexões. Por isso, é essencial que seja consumida com respeito, responsabilidade e orientação de pessoas experientes, sempre inserida em um contexto que valorize sua essência e propósito.
Dúvidas Frequentes
Pode acontecer e alguns locais defendem que vômito e diarréia são limpezas. Nós não entendemos assim.
O que o chá de ayahuasca produz é uma saída em corpo astral. Essa é uma sensação que não estamos acostumados. Devido a isso, algumas pessoas se assustam e tentam controlar ou impedir esta sensação quando ela chega. Fazer isso é como rejeitar o que o chá vem trazer e é isso que gera o vômito. O segredo é manter uma postura ereta e respirar. Não há necessidade de passar mal.
Costumamos brincar dizendo que sempre morremos tomando ayahuasca, mas não fisicamente. A bebida nos coloca em contato com o nosso universo interior trazendo grande clareza sobre as nossas virtudes e defeitos.
Quando tomamos consciência de um defeito e o eliminamos é como se morresse uma parte de nós. Este é o único tipo de morte que o chá de ayahuasca provoca.
Um estudo* publicado na Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada da UNESP informa que a dose letal do chá de ayahuasca seria de 20 vezes a dose típica cerimonial de 100ml. Em nosso instituto utilizamos uma dose bem menor que a dose típica sem prejuízos a experiência pela boa qualidade do chá e o bom direcionamento do trabalho.
*https://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/download/406/404/
Não. O que nos permite a experiência com o chá de ayahuasca é uma molécula chamada DMT. Esta molécula já existe em nosso corpo em pequenas quantidades e pode ser ampliada em momentos específicos como no nascimento e morte. É por isso que pessoas que vivem as EQMs (Experiências de Quase Morte) relatam experiências parecidas com as de pessoas que tomam o chá.
Além do DMT, o chá possui β-carbolinas que são inibidoras da monoaminoxidase (MAO), as enzimas responsáveis pela degradação do DMT. A duração deste efeito é de mais ou menos 4 horas e então os níveis de serotonina e DMT voltam ao normal. É tudo uma questão de digestão.
Ainda assim, fala-se muito do medo de não voltar pois da primeira vez é comum esta sensação no final da experiência. Se você sentir isso em sua experiência, fique tranquilo que é só impressão. Relaxe que logo o efeito passará.
A ayahuasca enquanto substância não representa perigo algum, mas alguns cuidados podem ser tomados.
Não recomendamos o uso de pessoas com transtornos psicóticos, que tenham alucinações, delírios e perda de contato com a realidade, como nos casos de esquizofrenia.
Também nos casos de transtornos dissociativos que causam sentimentos de distanciamento do eu, da memória ou da identidade (múltiplas identidades).
Ainda em casos extremos de transtornos de humor com sintomas de pensamentos desorganizados e percepção distorcida da realidade.
Se você tiver dúvidas, entre em contato conosco que poderemos conversar mais profundamente acerca dos seus sintomas.
Já existem muitos estudos* que falam sobre os efeitos do DMT na formação de novos neurônios e de outras células neurais como astrócitos e oligodendrócitos. A estimulação neurogênica está relacionada a uma melhora no aprendizado espacial e tarefas de memória in vivo. Esta capacidade de modular a plasticidade cerebral sugere que ela seja uma substância com grande potencial terapêutico para o tratamento de doenças psiquiátricas e neurológicas, incluindo doenças neurodegenerativas.
*https://www.nature.com/articles/s41398-020-01011-0
Fora as pesquisas, vimos em nosso próprio espaço muitas pessoas se livrando de vícios dos mais variados tipos, pessoas com depressão reencontrando o sentido de viver, entre tantas curas de perturbações psicológicas que acometem boa parte da população contemporânea. Ao entendermos a metafísica das doenças, tomamos consciência da mensagem que elas vieram nos passar e, a depender do estágio, elas se tornam desnecessárias.
Enquanto tecnologia espiritual a ayahuasca é um facilitador para experiências meditativas. Ao aprendermos esta técnica milenar descobrimos que para além dos objetivos mundanos, temos objetivos mais profundos que culminam na ascensão espiritual.
Não. Já existem estudos suficientes comprovando que não há nenhuma substância que cause dependência física no chá.
Mesmo enquanto tecnologia espiritual, não consideramos que a ayahuasca seja um recurso a ser utilizado para toda a vida. O chá te ajuda a despertar seus sentidos parapsíquicos. O despertar destes sentidos aliados a meditação são capazes de promover a mesma ação sem qualquer substância.
O foco do nosso trabalho não é fazer com que as pessoas bebam ayahuasca, mas auxiliar aqueles que buscam a autodescoberta íntima e o despertar da consciência a atingir sua individuação e autonomia.
O Dr. Wilson Gonzaga, famoso psiquiatra que também trabalha com ayahuasca, traz algumas informações sobre interações medicamentosas.
Os antidepressivos modernos, tipo inibidor específico de recaptação de serotonina, têm o mesmo mecanismo farmacinético da ayahuasca. Então, pode haver um acúmulo de serotonina e culminar numa Síndrome Serotoninérgica. De maneira formal, antidepressivos como fluoxetina, sertralina, escitalopram, citalopram e, até mesmo, venlafaxina e desvenlafaxina devem ser evitados.
O rivotril é um medicamento da classe dos benzodiazepínicos e que tem uma ação depressora do sistema nervoso central, mas não tem nenhum tipo de interação com a ayahuasca. Então, parar um dia antes pode resolver, o que não resolve no caso dos antidepressivos. Pode parar, com reservas, o Rivotril e seus similares, como diazepam, bromazepam e os demais remédios dessa classe.
Quem usa ritalina precisa ter cuidado, porque pode desencadear uma crise de ansiedade. O melhor caminho nesses casos é fazer uma anamnese bem feita para entender o motivo do uso deste medicamento, mas vale destacar que essa substância tem vida curta, portanto, se não tomar no dia, não vai haver nenhum problema relacionado a interação com a ayahuasca.
Com relação a anti-inflamatórios como ibuprofeno, nimesulida, diclofenaco, não há nenhum problema.
Quanto a quimioterapia, de maneira geral, quando a pessoa está passando por um processo como este, deve suspender tudo e só fazer a quimioterapia. Se ela escolher beber ayahuasca de alguma maneira, que seja com microdoses em um cenário mais simbólico e espiritual.
Outros medicamentos como losartana, e sinvastatina não tem nenhum problema. No caso da levotiroxina, consultar um endocrinologista.
Há poucas evidências científicas de interação medicamentosa e ayahuasca. Por isso é importante procurar lugares sérios com pessoas experientes.
